Valor dos imóveis residenciais teve alta de 0,26% em fevereiro
O ano de 2021 tem se mostrado positivo para quem pretende vender um imóvel residencial. Dados do Índice FipeZap, que acompanha anúncios imobiliários em cidades brasileiras, mostram que o valor médio de venda teve alta de 0,26% em fevereiro.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o número é menor que o do mês anterior, de 0,41%, mas ainda representa a 14ª alta mensal seguida.
O índice FipeZap acompanhou 16 capitais e 11 delas fecharam o mês com alta nominal no preço médio de venda de imóveis residenciais. São elas: Maceió (+1,48%), Curitiba (+1%), Florianópolis (+0,88%), Vitória (+0,86%), João Pessoa (+0,84%), Porto Alegre (+0,67%), Brasília (+0,58%), Campo Grande (+0,45%), São Paulo (+0,40%), Rio de Janeiro e Goiânia (ambas com alta de 0,25%).
Ainda segundo a FipeZap, o valor médio do metro quadrado de imóveis residenciais colocados à venda em fevereiro foi de R$ 7.546. No último mês, o Rio de Janeiro foi o lugar que teve o preço mais elevado, com R$ 9.494/m². Na sequência está São Paulo, com R$ 9.403/m² e Brasília, com R$ 8.146/m².
Quando comparada com janeiro, a baixa nos valores de venda durante o mês de fevereiro ainda é pouco significativa. Pois segundo a Abecip, a previsão é de que os preços dos imóveis residenciais tenham uma recuperação ao longo do ano, influenciados por uma série de fatores.
Como a vacinação em massa da população, que pode ser determinante para a retomada da economia, e também a aprovação de reformas estruturais na equipe econômica do governo, que tem como prioridade evitar o aumento de gastos e conter o avanço da dívida pública.
Além disso, outro fator importante é a implementação de medidas, como a volta do auxílio emergencial, contribuindo para o crescimento do mercado.
Aumento na compra de imóveis imobiliários em 2020
O ramo imobiliário surpreendeu em 2020, pois o número de financiamentos para compra de imóveis residenciais teve alta de 58%, como mostram os dados da Abecip.
O aumento ocorreu por conta dos cortes na Selic, a taxa básica de juros — que finalizou 2020 em 2%, acarretando uma diminuição nos juros de financiamentos imobiliários.
Outro fator crucial na busca elevada por imóveis residenciais foi a chegada da pandemia, já que boa parte da população passou a trabalhar em casa, aumentando a procura por casas e apartamentos maiores.
Também temos a movimentação contrária. Houve uma parcela da população que, com a crise de comércios e negócios fechando por conta do lockdown, precisaram procurar por locais menores.
Todas as mudanças no formato de trabalho que chegaram devido à pandemia, contribuíram muito para essa movimentação do mercado imobiliário.
Além de ter obrigado muitas pessoas procurarem por residências maiores, com mais cômodos e privacidade. Também possibilitou a mudança de bairros, já que não é mais uma necessidade morar próximo ao local de trabalho.
E, como falamos acima, também houve um aumento da procura por apartamentos. Locais menores, diminuindo o custo de moradia, na maioria pela perda ou diminuição da renda.
Previsão de aumento no valor de venda em 2021
O aumento na demanda aqueceu o mercado e consequentemente elevou os valores no setor ainda em 2020, e por conta disso, a tendência é que em 2021 os preços dos imóveis permaneçam em alta.
Além disso, especialistas apontam que há uma previsão de aumento da taxa Selic, para 3,5% no fim do ano, o que pode resultar em um encarecimento do crédito imobiliário.
Mas não é preciso ter pânico. A previsão é de que os preços não vão subir de uma hora para outra, portanto, não há motivo para pressa. Todo investimento feito sem planejamento acaba causando problemas.
Sentimos o dever de alertar: Estude muito bem as suas escolhas, e tenha uma meta de tempo para decisões. Afinal, queremos que você faça sempre bons negócios.
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